sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ele largou as fraldas.


O príncipe Harry da Inglaterra, filho mais novo de Charles e Diana de Gales, está lutando contra os talibãs no Afeganistão, confirmou ontem o Ministério da Defesa do Reino Unido. O príncipe, 23 anos, e pertencente ao regimento Household Cavalry, esteve nos últimos dois meses servindo secretamente na província de Helmand, onde está a maior parte das tropas britânicas e que é considerada uma das mais perigosas do país asiático. O primeiro-ministro, Gordon Brown, descreveu-o ontem como um soldado “exemplar” e disse que todo o Reino Unido deve estar orgulhoso de seu “destacado” trabalho com as tropas britânicas.o filho mais novo do príncipe Charles esteve “completamente implicado” nas operações e “correu os mesmos riscos que qualquer outro” de seu bata-lhão. “Da mesma forma que todos os de sua geração que servem hoje no Exército, é motivo de orgulho para a nação”, acrescenta o alto comando militar, que ressalta que, ao chegar a um entendimento com a imprensa para que não divulgasse a informação, “o risco era administrável”. A fonte acrescentou que, uma vez que a notícia é “de domínio público”, os comandantes militares britânicos pedirão assessoria dos comandantes no terreno sobre se Harry pode continuar servindo no Afeganistão.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

COLOMBIA X VENEZUELA

Os quatro ex-congressistas colombianos libertados nesta quarta-feira (27) pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram ao aeroporto de Maiquetía, Caracas, onde se reuniram com seus parentes em um encontro emocionante.
Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez e Jorge Eduardo Gechen Turbay chegaram de avião do aeroporto venezuelano de Santo Domingo, para onde foram nos helicópteros que os buscaram na floresta.
Imediatamente, abraçaram, em meio a lágrimas e muita emoção, os parentes que lhes esperavam no aeroporto de Caracas.

Seqüestrados
A ex-congressista Gloria Polanco, cercada de seus três filhos, assim como seus outros três companheiros, expressaram sua felicidade de reaver a liberdade e lembraram os que ficaram para trás, reféns na floresta, entre eles a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt.
O ex-congressista Luis Eladio Pérez afirmou que viu Ingrid Betancourt "há vinte e três dias exatamente, em 4 de fevereiro, por poucos minutos".
Em entrevista à rede de televisão Telesur em sua chegada ao aeroporto de Maiquetía, em Caracas, Pérez afirmou que encontrou com Betancourt "em uma caminhada" quando "ela conseguiu escapar" por alguns instantes, assim como o próprio Pérez, do controle da guerrilha.

Negociações
Momentos antes da chegada dos ex-reféns, o governo venezuelano afirmou que não descansará até todos os reféns das Farc sejam libertados.

"Não descansaremos até que estejam livres, não importa quem se opor. A verdade sempre triunfará", disse o porta-voz do governo venezuelano, Jesse Chacón.
Ele convidou todos a trabalhar por "um caminho para um acordo humanitário" e em direção à paz na Colômbia que, assinalou, "é a paz na Venezuela".

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A era Fidel

O ano era 1962. Por causa de uma ilha no Caribe, nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear.
Alguns meses antes, um grupo de cubanos refugiados nos Estados Unidos – com apoio do governo americano – tentou invadir a ilha para derrubar Fidel Castro; o episódio ficou conhecido como a invasão da baía dos Porcos. Para se proteger, Fidel permitiu que a União Soviética instalasse, secretamente, mísseis nucleares na ilha.
Os americanos descobriram. O presidente John Kennedy foi à TV avisar que responderia a qualquer ataque na mesma moeda, mas negociações entre as duas superpotências levaram a União Soviética a retirar os mísseis, com a promessa dos americanos de jamais tentar invadir a ilha.
Por causa desse episódio, chamado de "crise dos mísseis", Cuba e Estados Unidos tiveram que aturar um ao outro durante quase meio século. Hoje, mais de 1,5 milhão de cubanos que fugiram da ditadura de Fidel Castro – e os descendentes deles – moram nos Estados Unidos. É uma das comunidades de imigrantes mais prósperas do país.
Cuba fica a pouco mais de 120 quilômetros dos Estados Unidos. Depois que os dois países romperam relações diplomáticas, em 1961, os dissidentes passaram a usar qualquer maneira disponível para cruzar essa pequena distância.
O lobby dos cubanos que moram nos Estados Unidos foi um dos fatores que fizeram o embargo econômico americano, que começou parcialmente em 1961, se tornar cada vez mais restritivo, apesar da condenação mundial. Todo os anos, as Nações Unidas aprovam uma moção pelo reatamento das relações comerciais com Cuba.
Fidel Castro resistiu às pressões americanas, mas também se beneficiou politicamente delas. Um jornalista que escreveu um livro sobre a relação de Fidel com os Estados Unidos diz que Fidel Castro será lembrado como um dos maiores “sortudos” da história; além de ter sobrevivido a todas as crises e atentados, encontrou um grande inimigo para culpar por todos os problemas de Cuba.

A lenda aposentou


Vi que Fidel renunciou e fiquei pesquisando sobre o assunto, pois em se tratando do barbudo em questão, não existe meio termo.Quando Fidel assumiu, em 1959, Cuba era um quintal americano.Os gringos adoravam jogar, se drogar, encher a cara e comer as putas cubanas.O país não era totalmente miserável, nem o abismo social era tão profundo quanto o nosso. Os indicadores sociais não eram os melhores, mas não figuravam entre os piores.Fidel e um punhado de revolucionários rebeldes, que tinham mais vontade do que estratégia, conseguiram derrubar o antigo ditador.Lembro que no antológico “O Poderoso Chefão II”, o jovem Michael Corleone vai até Cuba pré-revolução tratar de negócios. Ele se reúne com o alto escalão político cubano juntamente com mais alguns empresários americanos. Na ocasião é servido um bolo que tem o formato da ilha. O bolo é cortado e servido aos empresários. Bem emblemático.Michael conversa com um dos mafiosos, digo políticos, e diz que está preocupado com os rebeldes:- Não se preocupe Michael, nosso exército é bem treinado, está em maior número e bem armado. Além do mais, já vencemos esses barbudos uma vez.- Só que os rebeldes lutam de graça por uma causa. E me parece que não têm nada a perder.De fato. Durante a festa de fim de ano, o presidente anuncia o golpe e sua fuga do país. Michael, acreditando mais no seu instinto, já tinha deixado um jatinho de sobreaviso, e fugiu de Cuba antes que o dia amanhecesse.Foi esse espírito que Michael presenciou que fez com que os caras ganhassem o poder. A ficção pode ter sido um tanto romanceada, mas a essência da guerrilha foi mesmo aquela.Fidel chegou ao poder e transformou totalmente o país.Promoveu uma reforma agrária e urbana que no frigir dos ovos se mostrou eficaz.Reformulou os sistemas de educação e saúde, e até hoje os cubanos detém um dos melhores indicadores sociais do mundo.Se não existem ricos entre a população geral – deixo de fora os burocratas socialistas e os estrangeiros – tampouco existem miseráveis.Não têm carne, leite condensado, cheetos e todynho. Mas ninguém morre de fome.Os atletas figuram entre as elites mundiais, e sem se valer de doping.De qualquer forma, foi proibido durante muitas décadas, se comemorar o Natal. Montar árvores enfeitadas era costume burguês, e por isso foi proibido.Por ser um Estado socialista, também foram proibidas quaisquer manifestações religiosas, e só em 1998, Fidel autorizou a visita de um Papa católico.As liberdades foram abolidas em nome do bom funcionamento do regime, e em razão disso, milhares foram presos, torturados e mortos (mais ou menos o que Bush faz hoje em dia, em nome da democracia).Fidel pode até ter tido boas intenções com o povo cubano, mas as mudanças que ele promoveu foram conseguidas a duras custas, embasadas na força bruta.Ainda hoje existe só um partido político, e os meios de comunicação são todos controlados pelo governo. Pra os cubanos, só existem dois tipo de resposta: sim e sim senhor, e isso lembra bem a época da ditadura aqui no Brasil.Mas o fato é que o velhinho enfim vai sair de cena, quer dizer, sair em parte, porque ele ainda é o “cara”. Se eu quero viver em Cuba? De jeito nenhum!!!! Sou preguiçosa e egoísta demais pra isso. Não sei o que faria sem minha internet, sem minha TV a cabo, sem meus cremes, shampoos e perfumes. Também não viveria sem chocolate, sem sushi, sem coca-cola, e sem uma boa porcaria no fim de semana. E não abriria mão dos meus jeans e dos meus sapatos altos. Tive a sorte de ter um ensino razoável e de cursar uma faculdade pública, e nunca me foi negado tratamento médico. Mas eu sou uma minoria num país de miseráveis, e talvez esses tenham uma opinião contrária à minha.O ruim em se conversar a respeito de Fidel, é que se torna extremamente complicado ser isento em relação a ele. Quem defende exagera, e esse pessoal não aceita nem que se diga que a barba dele é malfeita – coisa que de fato é! Quem é do contra, considera as benfeitorias que Cuba recebeu meramente supérfulas.Tudo que eu escrevi aqui foi baseado em pesquisas que fiz ao longo da semana.Tentei ser o mais imparcial possível. Minha opinião a respeito dele é bem concreta, mas isso eu vou deixar pra outro dia.19 de fevereiro de 2008 entrou pra história, e a única coisa que eu realmente espero, é que o Fidel finalmente troque de pijama, porque desde que ele ficou doente que não tira aquela roupa.